A sustentabilidade nas passarelas: nova tendência para o verão 23/24
O tema sustentabilidade tem ganhado visibilidade no mundo da moda, principalmente após a pandemia e grandes empresas estão apostando em soluções para reduzir cada vez mais o impacto ambiental. Essa iniciativa foi percebida e teve grande destaque nos desfiles de verão 2023/24, sendo possível observar a reutilização de materiais e desenvolvimento de novas matérias primas em coleções famosas no mercado! Esse assunto é super importante para entendermos como o mundo está mudando, inclusive as marcas que são referências para o consumo na atualidade.
Balmain ecológica
A Balmain, grife de roupas francesa renomada no mundo da moda de luxo, trouxe em seu release o sonho de um futuro onde as marcas são mais responsáveis e transparentes e os consumidores podem fazer escolhas melhores. Além disso, menciona que a equipe está trabalhando para deixar a marca cada vez mais sustentável.
Entre os principais pontos da coleção estão o trabalho com tecidos ecologicamente corretos: viscose com certificação FSC e Ecovero, linho sustentável e fibras naturais, como ráfia, colhidas de forma sustentável, assim como a adoção de um visual cru nas superfícies, já que evitar tingimentos pode prevenir a poluição da água por corantes químicos.
O diretor artístico da Balmain, Olivier Rousteing, abusou da criatividade e da inovação sustentável ao criar um vestido com tecido de fio de monofilamento fino feito a partir de resíduos de garrafas plásticas recicladas. Tudo!
Inspirando-se no caminho magnético de um redemoinho, Rousteing aproveitou as possibilidades esculturais deste tecido reciclado inovador, jogando com volumes e usando técnicas de pregas para multiplicar seu brilho aquático em constante mudança. Exemplo claro que as peças podem sim ser sustentáveis e super criativas.
Stella McCartney e o algodão regenerativo
Stella McCartney, apresentou no desfile, a sua coleção mais sustentável até hoje, usando cerca de 87% de materiais sustentáveis. O algodão regenerativo que estreou na passarela, ganhou destaque. Foi resultado de um projeto piloto de três anos na Turquia, que adota a metodologia de agricultura regenerativa para um processo de produção de algodão que captura carbono no solo.
Além do vestuário, as bolsas foram feitas com o "couro" de uva e de micélio - o couro vegano de cogumelos. Que promete grande destaque na hora de substituir o clássico couro animal.
Gabriela Hearst e o Upcycling
Outra coleção que ganhou importância foi a da uruguaia Gabriela Hearst. Grande parte das peças apresentadas foram baseadas em reaproveitamento de tecidos parados em estoque e upcycling. Além disso, as emissões de carbono referentes à coleção foram compensadas em parceria com a Climeworks.
Os jeans, couros e cashmeres foram reaproveitados. Já a seda utilizada, possui pelo menos 50% dos fornecimentos proveniente de agricultura orgânica.
Na passarela, a marca ainda contou com a participação da ativista climática Xiye Bastida como modelo, representando a valorização da sustentabilidade dentro da casa de moda.
Esses exemplos servem de inspiração e um debate que já vem ganhando força há algum tempo, não só no mundo da moda, mas em um contexto geral: o quanto devemos nos preocupar com a origem dos bens que estamos consumindo e o impacto das indústrias no meio ambiente. Os tempos estão mudando, e se não nos preocuparmos com isso, vamos sofrer grandes impactos (que na verdade, já estão acontecendo, né?).
Na QNTL, trabalhamos com o meio de produção chamado slow fashion, inclusive tem um post sobre aqui! E estamos trabalhando cada vez mais para sermos mais sustentáveis, sem perder a qualidade que nossas clientes merecem!
Eai, gostou dessa iniciativa? Conta pra gente!
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